Ela respira fundo, e dá o primeiro passo. O primeiro pulo. De criança a mulher. Ela cava um buraco bem fundo, o mais fundo que pode cavar, e ao se deparar com o inferno, joga nele tudo o que lhe aperta o peito. Mais leve, começa a perambular pelo universo com as asas da imaginação, em direção às constelações de campos de jasmim. Ela vai de um ponto a outro do mundo com seus próprios pés. Voa alto, alto, e ninguém pode segurar. Ela pula obstáculos, livra-se de armadilhas, empurra pessoas que a querem deter, e beija sem pudores os que torcem pela sua chegada. Ela se lambuza do que gosta, ela divide o que tem com a natureza, ela conversa com as estrelas – lampiões que contam histórias de pais para filhos. Ela brinca na areia, ela lambe o vento, ela abraça o sol com força – o amigo que sempre acalenta suas dores. Ela gira com os demais pássaros que a acompanham em sua jornada, ela tira fotografias com os olhos, ela filma com a sua memória.
Ela decide, ela luta, ela vive…
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E no fim da amarelinha desbotada e pintada no chão da velha rua sem saída, a jovem mulher – contra o que todos imaginaram um dia – chega, finalmente, ao céu.
Amei Dri! Meu preferido 🙂
Ô, amor! Muito obrigada ❤